Só uma partida de videogame

Navegando no Don't touch my moleskine (clique aqui para conhecer), vi essa ilustração:


Clique na imagem para visualizá-la maior

Basicamente, as instruções do pôster (título: "O real significado da vida") são: 1. coma; 2. evite as pessoas más e 3. pule para o próximo nível. Muito bonitinho, fazendo ilusão ao querido Pac Man do Atari (post-it confissão: não surtem, meninos, mas foi o único videogame que joguei na vida).

Daí eu fiquei pensando que, em grande parte da minha vida, e até agora, em alguns momentos incontroláveis, eu sigo essa receita-da-mamãe: "minha filha, faz a lição de casa direito, come todo seu papá, só tenha amigos bonzinhos, que tudo vai dar certo".

A vida toda ouvi coisas desse gênero. E acreditei. Que, se eu me comportasse, se fizesse tudo direitinho, andasse na linha, o Universo conspiraria ao meu favor e tudo sairia bem, conforme a cartilha.

Todos acreditamos nisso não? Tão fácil...

Pois é, mas o buraco é beeeeem mais embaixo. Mas muito mais embaixo.

Difícil, mesmo, é ter vivido a vida toda por esses parâmetros, se policiando, se cobrando, sendo mais exigente consigo mesmo do que com todos os outros, pra no final descobrir que se está vivendo com medo.

Também vi um vídeo do filósofo Clóvis de Barros Filho, no qual ele dizia: "Uma vida sem liberdade, na qual se vive com medo, não é uma vida que valha a pena ser vivida".

Tum: uma tijolada no meu Atari.

Chega de partidas de videogame, né?

Eu quero ser feliz!

Comentários