Coisas que aprendi em 2012

Aprendi que guardar segredo de mágoas ou coisas ruins que aconteceram não facilita a minha vida nem a dos que estão à minha volta.

Entendi que em grande parte das vezes a competência não basta para que você se mantenha em uma empresa. Confirmei também que essa mesma competência fere suscetibilidades, e você será ferido na mesma medida simplesmente porque faz seu trabalho bem.

Descobri que meu coração pode bater dentro do meu peito e, cheio de saudades, bater em uma dúzia de outros lugares, até lá do outro lado do oceano, junto do meu amigo mais querido.

Aprendi que não é nem um pouco fácil tomar decisões, muito menos conviver com elas; que, às vezes, mesmo tendo certeza de que não vou voltar atrás, ainda me sinto balançada.

Saber que tenho pessoas especiais na vida só me torna mais agradecida a Deus. Mesmo passando por tempestades, mesmo durante a noite mais escura, sempre tive uma mão para me apoiar e me segurar. Esse foi um ensinamento de que Ele está na minha vida, agindo através dessas pessoas.

Percebi que posso ser um pouco mais branda comigo mesma: para conseguir me perdoar, preciso de um exercício constante e diário de amor por mim. Parece fácil, mas não é.

Descobri, também, o valor da doação, a grandeza do trabalho voluntário. É através dele que se pode sair do meio da melancolia e perceber que a dor do outro pode ser maior que a sua. E que, quase sempre, uma simples música é tudo de bom que vai acontecer no dia dessa pessoa - e ela ainda vai sorrir, grata a você.

Nesse contexto atribulado, encontrei a importância da música. Não só cantar desafinada, sozinha, no carro e no chuveiro, mas estudar, de verdade, com nenhum objetivo maior que o meu próprio prazer. Entendi que aquela coisa de "quem canta, seus males espanta" é a mais pura verdade. Descobrir uma nova paixão me ajudou muito a manter o foco durante esse ano.

Entendi que nem sempre é possível retomar a confiança de pessoas que eu amo. Por mais que eu peça perdão, a amizade não se restabelecerá - e eu tenho que aprender a lidar com isso, por mais que eu sofra e me rasgue em duas.

Algumas pessoas se foram da minha vida, mas outras tantas chegaram. O mais importante é que muitas permaneceram. Se falta alguém? Claro, ainda tenho um buraco no peito. Mas também compreendi que não dá pra colocar qualquer um nesse lugar. Ele é precioso demais para isso.

O que quero para 2013? Coisas simples. O que todo mundo quer, o combo básico saúde-amor-dinheiro. Nem precisa ser nada cinematográfico, mas um ano mais tranquilo, com mais oportunidades, com menos encanações, com menos lágrimas de tristeza. E, definitivamente, com mais amor-próprio, com mais sorrisos e mais confiança. Alguém com quem entrelaçar os dedos e olhar o mundo de frente. Me sentir produtiva e valorizada. Ter mais paciência. Ser, a cada dia, um pouquinho melhor.

O mundo não acabou em 2012. Mas tenho certeza de que está mais que na hora de dar um basta em tudo que está fora do lugar no meu mundo e recomeçar do zero. O que faz de mim quase uma deusa, controlando meu próprio apocalipse e recriando o meu éden particular. Aceito ajuda, é claro, mas não quero pitacos: a tarefa é minha e quero enfrentá-la sozinha, por mim, por minha única e exclusiva satisfação.

Estou certa de que 13 é meu número da sorte... e também o seu, querido leitor-amigo que me acompanha aqui. Que seu ano novo seja realmente feliz, não apenas no dia 1º de janeiro, mas efetivamente e na prática, a partir do dia 2.

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