Sitting, waiting, wishing (4U)

Bebi de seu cálice, amor.

Senti sua doçura e seu medo; provei seus sentimentos, suas mágoas, e o quanto você os reprime.

Olhei em seu espelho, querido.

Fitei seus olhos escuros - que tanto me encantam - e vi sua mágoa. Ouvi sua música, sua voz, e a tristeza agridoce que elas escondem.

Toquei suas mãos: tão gentis, tão delicadas comigo... e, finalmente, entendi o espaço que você precisa.

Estou aqui, de novo em uma encruzilhada. A alguns passos de você, estendendo-lhe minhas mãos, sem no entanto conseguir lhe alcançar.

Espero por você. Aqui, parada, sozinha. Vendo você incrivelmente perto e, ao mesmo tempo, fazendo questão de se manter tão distante. Carregando seu fardo de dores como se ele fizesse parte de você.

Não faz.

Não é um muro - não se esconda atrás dele - porque não há muro que nos proteja de nossos sentimentos, bons ou ruins.

São só dores. Só isso. Apenas uma faceta desse diamante sensacional que você é. Um grão de areia perto de sua enormidade. Da sua inteligência. Do seu talento. De suas tantas qualidades.

Estou parada. Esperando por você, baby. Respeitando seu tempo. Lutando contra mim. Contra minha ansiedade, meu ímpeto de cuidar, minha criança interna. Contra minhas próprias dores.

Parada, desejando... te esperando.

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