A void. Don't avoid me.

Ele silencia.
Se fecha em uma concha, se esconde.
Embrutece, hermético, seco,
não me explica a nuvem negra que lhe consome.
Me angustia.

Ele silencia.

Ele silencia, e o buraco de suas palavras,
a ausência do seu sorriso virando meu sorriso
me silenciam.

Ele silencia.
Me dá respostas em gotas,
homeopaticamente,
uma tortura chinesa para minha ansiedade.

Ele silencia. Ele se cala, me cala, me aflige.

Quero, não posso.
Quero, não devo.
Quero, ele não deixa.
Quero, preciso respeitá-lo.

Eu quero. E ele, o quanto será que quer?

Ele silencia.
E todos os meus poros gritam, a ponto de me ensurdecer: vai, faz algo.

Estou muda, estou imóvel, estou aqui. Parada
num caos de sons, esperando o barulho caótico
dele para me acalmar, me preencher.

Me silenciar.

Comentários