:: Eu, a tua casa ::



Bem vindo de volta, meu bem.

Traga teus olhos brilhantes para perto de mim.
Senta-te ao meu lado e me diga, com a música que transborda tua fala, o quanto sentes minha falta. Diga que este mês foi um inferno e que tiveste vontade de me ligar a cada minuto.

Porque, sabe, querido, eu tive.

Eu chorei. Eu não dormi em uns dias e dormi demais em outros.
Eu quis ligar, quis ir atrás de ti... mas respeitei teu espaço e teu desejo de afastamento.

(embora tenha rezado a cada vez que lembrei de ti, seu monstro, pra que estivesses sofrendo tanto quanto eu - e quase consigo ver tua risada ao ler este parênteses)

Me dá tua mão.
Vem. Me chama de menina. A tua menina. Mimada, difícil, mal-acostumada, ingênua... mas tua. Sempre.

Me fala de ti. Me fala dos pequenos detalhes do teu cotidiano. Dos filmes, dos livros.
Da matemática.
Me fala aquelas tantas coisas bobas que me encantam.
Diz que viste a lua, amor, e te lembraste de mim.

Me escuta. Ri de mim.
Fala que não gosta daqui, que estou branca demais. E que te dou vontade de comer cerejas. ;)
Me provoca. Me tira da zona de conforto. Faz com que eu ande na corda bamba.

Diz... eu ainda te faço sorrir? Ainda é sempre sorriso?
É, né. 
Porque o meu ainda é. E é por ti.

Vem me encontrar. Preciso te ver.
Quero te tocar e ter a certeza de que não és produto da minha imaginação.
Quero rir contigo. Compartilhar o mesmo talher e justificar, pela milésima vez, que não gosto de chá.
Tenho que te entregar todos os beijos, todos teus, que guardei comigo.
E tudo o mais, também. Vem logo.

Make yourself comfortable, baby. I'll be your pillow, your hands, your smile. 
The lovely hug. The tender touch.

Now, you're at home.
Here, with me.


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