#gentefina - Roberta

Estrela cadente (da Wikipedia): É o nome dado a um fenômeno astronômico que acontece frequentemente. Apesar do nome, não são estrelas, são meteoróides que entram na atmosfera terrestre e sofrem intenso atrito. O aquecimento gerado pelo atrito faz com que os meteoros cheguem a pegar fogo. Com isso ocorre a emissão de luz própria, permitindo que eles possam ser vistos.

Quem conhece a Roberta, vai concordar comigo quando digo que tive a sensação de que uma estrela cadente passou pela minha vida.

A primeira impressão que tive da Rô foi mais como uma análise curiosa. Ela chamava todo mundo de "amada", "querido", de um jeito que nos fazia sentir que éramos mesmo tudo isso. E comentei com as meninas do departamento: "Aquela consultora pedagógica do Rio Grande do Sul é engraçada, né?"

Daí, ela veio para São Paulo. Vou ser sincera, no começo não gostamos muito não (pra variar, pela maneira "sutil" como as coisas foram feitas). Mas ela não deu chance. Nem tomou conhecimento da nossa resistência.

A Rô é assim... quase um trator. Em diversas ocasiões, esse jeito dela me irritou - tenho que reconhecer. Mas, por outro lado, acho que foi por isso mesmo que pudemos trabalhar tão bem juntas. Ela me encoraja a arriscar e eu a trago mais para o equilíbrio: uma contrabalanceia a outra.

Ela passou por um monte, mas um monte mesmo de perrengues depois que veio para São Paulo. Desde o fato de estar longe da família, nos primeiros meses, até problemas de saúde com as crianças e com ela mesma. E um ano angustiante de tortura psicológica, que culminou com a nossa saída da editora.

Nunca, nunca, em nenhum momento, eu vi essa mulher desanimar. Eu e mais uma meia dúzia, que a conhecíamos bem, talvez víssemos um rastro de tristeza no fundo do olhar. Quando estávamos sozinhas, em algumas ocasiões eu a vi chorar. Mas ela estava sempre de alto astral, sempre sorrindo, a gargalhada sempre nos lábios, pronta pra sair. Isso, eu acredito, foi o que mais provocou a ira do povo. Como, depois de tudo, eles não conseguiam quebrá-la? Como?

Essa pergunta eu também me faço até hoje, mas em tom de admiração. Como ela consegue? De onde vem essa alegria que transborda, mesmo quando ela chora de emoção ao nos encontrar? De onde vem esse pique incansável, essa energia que não se esgota?

Não consigo nem medir o quanto eu cresci nesse tempo em que estivemos juntas. Não só como profissional, mas também como mulher. A Rô me estimulou, me jogou na fogueira, me encorajou, me falou a verdade, me deu colo, riu e chorou várias vezes comigo. Sei que posso contar sempre com ela, nem que seja pra me ouvir falando, falando, falando... até porque ela fala bem mais do que eu! rsrs

Tenho muita pena de não estar mais todos os dias com ela. Mas me orgulho de saber que, apesar de todos os esforços que a turma fez, todas as calúnias, todas as armações ainda somos amigas. Essa amizade, esse amor de irmã, pra mim, é o que conta. E muito.

Comentários

  1. Meu Deus!!!!!!! mulherrrrrrrr! quer me matar do coração????????muito obrigada pelas palavras carinhosas, mas sabes que fazia e faço tudo porque amo tudo aquilo que faço e as pessoas que estão comigos!!!!
    sempre seguiremos juntas!!!! e crescendo cada vez mais!!!
    beijos eternos de alegria e muitas alegrias nestes 40 aninhos!!!!
    Ro

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